Acompanhando a tendência da concorrente direta Yamaha, a Honda decide trazer de volta uma motocicleta, ou melhor um mito, a NX Falcon.
Elas chegaram nos finais dos anos 1980 para renovar e concorrer em um segmento de marcado, a Yamaha dominava o mercado Off road com as DTs e com a Ténéré 600, e a Honda vinha séculos atrás com as rudimentares XL 125 e XLX 250, era preciso renovar.
Freios a disco e partida elétrica eram itens indispensáveis, e as 250 da Honda trazia um click starter que mais servia para quebrar pernas do que para dar a partida, e freios a tambor, que se tornavam inúteis em circuitos off-road.
para a virada da década, a honda se vê ficando atrás da Yamaha, as RDs nem de longe eram alcançadas pelas CBs e CGs, e a DT 180, junto com a Ténéré eram as rainhas das trilhas e ralis. Tres máquinhas chegam para quebrar essa sequência: a NX 150, a NX 350 Sahara (concorrente direta da XT 600 Ténéré) e a XLX 350. A XLX não emplacou, e a NX 150 logo acompanhou a irmã CBX 150 e passou para as 200cc, ganhando a irmã XR 200. NX 350, 200 e XR 200 sobreviveram até 2011, quando foram substituidas pela NX 400 Falcon e pela XR 250 Tornado.
Juntas, Tornado e Falcon imperaram no mercado entre 2001 e 2009, quando foram substituidas pela CRF 230 e pela XRE 300 respectivamente.
Tres anos depois uma coisa que a Falcon deixa é saudade. O monocilíndrico de 396 cm³ alimentado a carburador tinha um torque comprado ao das 600 e 750 cilindradas esportivas, feita para todo tipo de terreno, acompanhando as lendárias antecessoras Sahara e Ténéré, tinham um jeitão off-road com pneus mistos e para-lama dianteiro junto à roda, dava uma pegada on-road.
a Honda em 2009 faz uma total renovação de suas prateleiras, o carburador permanece apenas nas CFRs, CG 125 e na Pop 100. No mais a injeção eletrônica imperava, a CFR ganha o reforço de uma dupla que finaliza de vez com duas décadas de reinados; a CB 300R e a XRE 300 finalizam o império das CBX, XRs e NX.
A Falcon era aposentada para uma 300cc não muito aceita, o para-lama fixo, assim como o farol não agradou muitos motocilistas. O mesmo se diz da injeção eletrônica, ponto apenas para os freios a disco nas duas rodas, herança da falcon e o radiador, herança da Tornado, cuja ausência era queixa da Falcon. As 300cc ajudaram no consumo, com quase o mesmo torque da irmã maior, e um pouco mais dócil, agradou na ciclistica, mas não na estética.
a XRE tinha tudo para ser a líder disparada do segmento, mas um nome de três sílabas colocava em cheque esse reinada, ela chegou em 2010 e com irmãs maiores: Ténéré, aposentada no incício dos anos 1990, ela voltou, e com irmãs maiores e menores, primeiro chegou a 250, irmã da XTZ Lander, depois a 660, substituindo a conhecida 600, a super, saltou de 750cc para 1200cc.
A Honda tentou balancear trazendo a XL 700V Transalp, mas tirou do mercado brasileiro a XL 1000 Varadero. Mas algo parecia não estar de acordo, os motociclistas preferiam a 250 da Yamaha, talvez pela carenagem, pelo farol fixo, mas isso a XRE também tem, a Honda perdeu por causa do pára-brisa, ou pela tampa do tanque de combustivel? não se sabe.
A resposta estava no nome, XRE não era um nome impactante, como Sahara, Falcon, Tornado. Ténéré era um nome com história, criada para, testada e batizada no deserto africano, ganhou o sobrenome do deserto que a criou. Sahara, Falcon eram nomes agressivos, mas não tanto, mas traziam grandes emoções, a terra e o asfalto ao alcance de uma ligada de seta e mudar de estrada, nessas motos poeira e cheiro de borracha queimada andavam lado a lado.
A Honda apelou à nostalgia inaugurada pela Yamaha e decidiu trazer de volta não só o nome, mas a bike inteira, a Falcon está de volta com seu monocilíndrico DOHC de 4 válvulas, mas com freios com muitas inovações.
Essa é a antiga:
E essa é a nova:
As principais modificações estão dentro da bike, menos grafismos, uma tendência dos anos 2010, freios ABS e o painel digital são as principais modificações, ela chega em 2013 e traz como principal novidade, além das acima ditas, a injeção eletrônica. Só resta esperar essa guerreira, que chega cotada a R$ 21.000,00, um pouco salgado mas é uma NX, resta saber se vai haver um retorno às 250cc, inalgurado pela CBR 250.
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