No Brasil, em matéria do moto um nome é padrão de referência, esse nome é Honda. A marca chegou ao Brasil em 1971 lançando seu carro chefe no país, a CG 125, modelo continuado até hoje. Todos os outros modelo tiveram um ciclo de produção médio de 8 anos, mas a CG já tem 40.
Pra ficar na saudade uma série que durou 20 anos e foi o sonho de consumo de todo motociclista brasileiro. Elas chegaram em 1988 com o design inovador para a época, o tanque levemente direcionado para baixo a rabeta que emenda-se ao triângulo e finaliza com as lanternas acopladas e um banco que formam uma linha única. Ponto para o painel mais completo, que em muito lembrava a sua irmã bem maior, tida como a moto do século XX. A CBX 150 Aero foi a única moto com cilindrada efetiva maior que a comercial, vinha com 152cm³. Faltaram as carenagens, mas o motor exposto se tornou a marca registrada das CBX, descontinuada em 1992 devido ao alto preço.
Em 1994 chega uma nova série da CBX, com 50cc a mais, trouxe com ela duas irmãs, a NX e a XR 200cc. A Strada foi por muito tempo a esportiva top no país, não havia outra moto nacional sequer parecida, a Yamaha tinha as RDs 135 e 200, mas o motor 2 tempos não foi tão aceito quanto os Honda de 4 tempos.
A 200 mantinha o mesmo painel e os mesmos comandos de punho da CBzinha (como eram conhecidas) 150. As 196cc em um mesmo motor SOHC 2 válvulas. A balança dualchoque marca registrada das CBs maiores era marcante na Strada., o reinado da CBX 200 se deu até 2003 quando foi descontinuada pelo mesmo motivo das suas irmãs, a saturação do mercado, o preço as usadas era muito abaixo das novas, cerca de três vezes menos, e o estado de conservação das bikes tornavam inviável a compra de uma bike dessas novinha. Ambas tinha facilidade em atingir os 130 ou 140 Km/h em quinta marcha. E não tinham concorrentes diretas.
Em 2001 chegou ao mercado uma CBzinha que revolucionou complemente o motociclismo esportivo de baixa cilindrada, durou nove anos sendo top nacional da Honda, e demorou a ser batida. A Twister, ou TWI como também foi conhecida trazia várias novidades, a mais fácil de ser notada era o design totalmente esportivo, que lembrou em muito a sua irmã maior, a CBF 500, a mesma CB só que com uns toques de esportividade e que, embora seja até hoje produzida no Brasil, jamais chegou a ser comercializada em terras tupiniquins.
O painel agora digital, traz a esportividade dos ponteiros e a calibragem dos ponteiros quando a chave era acionada... foi o que seduziu muitos motociclistas. As novidades não param por aí, a traseira monoamortecida, as rodas aro 17 assim como das CBs maiores, o radiador... dentro do motor duas novidades que garantiam à TWI chegar aos 150 Km/h, o motor DOHC com 4 válvulas e as seis marchas, que davam uma arrancada violenta, as marchas curtas mantinham o giro sempre em torno dos 7 mil giros e não caia muito nas trocas de marcha, bem como reduções suaves, apesar de beberrona, cerca de 18 Km/L de gasolina, demorou a ser batida, a YS ou YBR 250 chegava aos 165 Km/h e fazia cerca de 22 Km/L de gasolina, devido à Injeção eletrônica, pela primeira vez em uma moto nacional e ao motor SOHC, foi apresentada em 2005 mas nem bateu de perto a TWI.
A CBX, ou CBzinha 250 teve seu ciclo finalizado em 2008, quando a Kasinski traz para o Brasil a GT 250, e dois anos depois a GTR 250, no pacote vem a Kawazaki 250, a ninjinha, e a Fazer fdoi remodelada, assumindo um design na sua irmã maior a FZ6.
Contra a TWI as importadas traziam as carenagens esportivas, chassi de berço dublo, motor de dois cilindros e o painel digital, bem como a injeção eletrônica, além disso, o preço sensivelmente menor, cerca de R$ 10mil contra R$ 12mil da Twister. Além disso, o mercado estava saturado, enquanto uma TWI nova estava custando cerca de R$ 5mil. Então a Honda optou por finalizar as CBX lançando a CB300R, deixando na saudade vinte anos de esportividade e muitas histórias para contar.